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Inspiração pra fazer da atividade física um hábito


Tratamentos estéticos são ótima arma para acabar com a barriga; conheça algumas opções

Rosana Faria de Freitas

Do UOL, em São Paulo

27/12/2012 07h00

Dentro do projeto "Adeus, barriga", é possível incluir, além da dieta e da ginástica, alguns tratamentos estéticos que prometem exterminar as gordurinhas da área. O acúmulo é resultado de uma série de fatores, entre eles a genética, a ação de alguns hormônios – sejam naturais, produzidos pelo próprio organismo, sejam exógenos, fruto da aplicação ou ingestão em comprimidos – e maus hábitos como alimentação inadequada, fumo e sedentarismo.

Fumar dá barriga!

  • Um estudo realizado na Universidade de Cambridge, Inglaterra, revelou que quem fuma tem maiores medidas de cintura e quadril do que os não-fumantes. A pesquisa foi publicada na revista Obesity Research e realizada no Departamento de Saúde Pública e Cuidados Primários da faculdade.

    De acordo com os autores, o fato de o tabagismo estar relacionado ao aumento da barriga é resultado das consequências metabólicas do cigarro. Embora não tenha ficado claro por que o hábito afeta a distribuição de gordura, acredita-se que o motivo é porque gera algum tipo de efeito que faz com que a gordura se acumule no abdômen, dando o famoso aspecto da barriga de chope.

    Outra teoria defende que o ato interfere na captação de ácidos graxos, aumentando a massa de gordura.

"A tendência em reter adiposidade na região abdominal é maior entre os homens. As mulheres tendem a armazenar nos culotes, no bumbum e nas coxas", salienta Tatiana Jerez, formada em medicina pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), com especialização em Dermatologia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e título de Especialista em Dermatologia pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

E para dizimar uma gordura 'localizada', como a abdominal, é preciso redobrar os esforços. "É mais fácil eliminar a que está distribuída uniformemente pelo corpo. Fazendo exercícios aeróbicos, por exemplo, a pessoa acelera o metabolismo e queima adiposidade de maneira global. Pessoas magras, que apresentam acúmulo em algum lugar, muitas vezes perdem peso sem que isso signifique redução nos locais desejados", diz Jerez.

Por isso, recorrer a tratamentos específicos é uma ótima arma no combate à barriguinha. "Acredito muito nos métodos não invasivos, como drenagem linfática e massagens", acrescenta Roseli Siqueira, esteticista e cosmetóloga, com cursos de cosmetologia na Argentina, nos Estados Unidos e na França.

Veja, agora, os tratamentos recomendados pelas especialistas:

Laserlipólise

Como funciona: Feito com um aparelho de última geração, trata-se de um processo semelhante à lipoaspiração, em que uma pequena abertura é feita na pele para introdução de uma fibra de laser. A luz 'derrete' a gordura e estimula a formação de colágeno novo no local, deixando a pele mais firme. A anestesia pode ser local ou peridural.

Benefícios: Além de reduzir a barriga, atenua celulite, remodela o contorno corporal e confere firmeza. "O trauma local é bem menor do que na lipoaspiração e há menos formação de hematomas e menor perda de sangue", informa Jerez.

Número de sessões indicadas: Intervenção única.

Cuidados pós-procedimento: Além de repouso relativo por alguns dias, é recomendável usar cinta por pelo menos 30 dias e fazer sessões de drenagem linfática. Mas a recuperação costuma ser rápida, com pouco desconforto e inchaço. Também é indicado não pegar sol por pelo menos 30 dias.

Contraindicações: As mesmas da lipoaspiração tradicional: pessoas com sobrepeso ou flacidez exagerada, hipertensas ou com problemas cardíacos, de coagulação e mulheres gestantes ou no pós-parto.

Potencializar os resultados depois: Exercícios ou esportes e priorizar a alimentação balanceada para não ter ganho de peso posterior.

Preço médio: Costuma ser 20% superior ao da lipo: entre R$ 5 mil a R$ 12 mil.

Criolipólise

Como funciona: É um método não invasivo feito por aparelho de resfriamento controlado que, sem danificar a pele ou outros tecidos, provoca a auto-destruição (apoptose) das células de gordura nas semanas que se seguem à aplicação. Elas são eliminadas através do fígado, pelo processo normal de metabolização. Pode haver vermelhidão, hematomas, desconforto local e sensação de formigamento, que desaparecem logo depois.

Benefícios: O procedimento não requer cortes, agulhas ou anestesia. E ainda assim, destrói a célula de gordura, alcançando até as adiposidades mais difíceis de serem eliminadas.

Número de sessões indicadas: O número depende da extensão da área a ser tratada, sendo que cada uma pode eliminar 20% a 25% de gordura local. Os resultados começam a ser percebidos após três semanas, e se consolidam entre dois e quatro meses. Caso a gordura retirada na primeira aplicação não tenha sido suficiente, uma segunda pode ser agendada cerca de dois meses depois.

Cuidados pós-procedimento: Não há, sendo possível retornar às atividades normais no mesmo dia.

Contraindicações: Pessoas que têm problemas de função do fígado ou fígado gorduroso, doenças de sensibilidade ao frio (como a crioglobulinemia) e grávidas.

Potencializar os resultados depois: ginástica e cardápio balanceado. Os resultados podem ser permanentes se a pessoa não voltar a engordar.

Preço médio da sessão: Entre R$ 1.500 a R$ 2.500.

Radiofrequência aliada a ultrassom cavitacional

Como funciona: Alguns aparelhos oferecem esta combinação de tecnologias, como o Tripolar e a nova plataforma Velashape. Por meio da radiofrequência (ondas eletromagnéticas que aquecem as camadas internas da pele) e ultrassom cavitacional (diferente do tradicional porque rompe as membranas das células gordurosas), o tratamento aquece o tecido subcutâneo, melhorando a circulação local, incrementando a formação de colágeno, reduzindo gordura e tornando a pele mais firme.

Benefícios: Além de ajudar no combate à barriga, também trata celulite. "A alta concentração de energia possibilita trabalhar com baixa potência e, por isso, a intervenção é indolor e segura", diz Jerez.

Número de sessões indicadas: De seis a oito, de preferência com intervalos semanais ou no máximo quinzenais.

Cuidados pós-procedimento: Usar protetor solar diariamente.

Contraindicações: Indivíduos que apresentam fragilidade cutânea exagerada e grávidas.

Para potencializar os resultados depois: Dieta e ginástica. É recomendado voltar ao consultório para realizar uma manutenção a cada 60 dias.

Preço médio da sessão: R$ 300 cada, mas a maioria das clínicas oferece pacotes em que o preço individual fica menor.

Faixa engessada

Como funciona: Durante 30 minutos, a profissional faz uma massagem modeladora que ativa a circulação sanguínea no abdômen. Depois, coloca uma faixa engessada na região que, entre 20 a 30 minutos, fica retesando a musculatura. "A massagem ativa a circulação o tempo todo, aumentando o tônus entre ossos, músculos e pele – o que chamamos de eutonia. E a faixa mantém a sensação de tensão por mais tempo, o que é ótimo, pois o corpo tem memória e assimila tal contração", destaca Siqueira.

Benefícios: O procedimento trabalha a circulação sanguínea, oxigenando as células e ajudando a exterminar a gordura. Isso leva à supressão de toxinas e faz com que os contornos corporais fiquem mais definidos.

Número de sessões indicadas: No mínimo dez, de uma a duas vezes por semana.

Cuidados pós-procedimento: Não há.

Contraindicações: Apenas as gestantes não devem se submeter à técnica.

Para potencializar os resultados depois: Roseli Siqueira recomenda realizar, em casa, uma vez por dia e até a sessão seguinte, massagem circular no abdômen. Dessa forma, você continua ativando a circulação. Outra proposta é massagear os pés, especialmente a área da curva, com as mãos ou uma bolinha de tênis. "Como o sangue venoso fica concentrado do joelho para baixo, o ato faz bombear sangue para cima, o que melhora a oxigenação interna das células. É preciso entender que, para queimar gordura, é necessário ter uma circulação saudável". A prática de esportes, caminhada ou natação também são indicadas pela esteticista e cosmetóloga. 

Preço médio da sessão: R$ 160.